quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Odontogênese - Fase de Raiz

Fase de raiz: durante a formação da porção coronária do dente, é necessário que células epiteliais induzam as células ectomesenquimais a se diferenciarem em odontoblastos. Uma vez que a porção radicular do dente também e constituída por dentina, é preciso que as células de origem epitelial deem inicio ao processo de diferenciação dos odontoblastos. Os epitélios interno e externo do órgão do esmalte que constituem a alça proliferam em sentido apical para induzir a formação da raiz do dente. 0 epitélio resultante da proliferação das duas camadas da alça vertical sofre uma dobra , constituindo o diafragma epitelial. Como não há aprofundamento no sentido vertical a região proliferativa fica restrita a dobra que se continua com o diafragma epitelial. A partir desse momento , as células epiteliais continuam a proliferar, originando outra estrutura: a banha epitelial radicular de Hertwig. 
Portanto, a fase de raiz ocorre enquanto o dente erupciona.

Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Odontogênese - Fase de Coroa

 Disponível em: http://histologiaufrn.blogspot.com.br/search/label/N%C2%BA%2018%20-%20Odontog%C3%AAnese%3A.
Disponível em: http://histologiaufrn.blogspot.com.br/search/label/N%C2%BA%2018%20-%20Odontog%C3%AAnese%3A.

É a fase em que ocorre a dentinogênese e a amelogênese.

Nessa fase ocorre a deposição de dentina e esmalte da coroa no fundo do dente. Ocorrem também os eventos de diferenciação nos locais das futuras cúspides e ao longo das vertentes.
Em um mesmo germe dentário pode-se observar, na região próxima à alça cervical, zonas nas quais células do epitélio interno do órgão do esmalte não sofreram ainda inversão da polaridade. Contudo, se for analisada uma região adjacente na mesma vertente, porém mais próxima da cúspide, observam-se pré-ameloblastos.
Nas papilas, os pré-odontoblastos iniciam a diferenciação para se tornarem odontoblastos. Em regiões adjacentes na mesma direção, odontoblastos secretam os constituintes da matriz orgânica da primeira camada da dentina, representando um estágio posterior.
Quanto mais próxima da cúspide for a região analisada, mais avançado serão os estágios observados.


Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Odontogênese - Fase de Campânula



Disponível em: http://histologiaufrn.blogspot.com.br/search/label/N%C2%BA%2018%20-%20Odontog%C3%AAnese%3A.
OS PROCESSOS DE MORFOGÊNESE E DIFERENCIAÇÃO CELULAR INICIAM-SE NA FASE CAMPÂNULA


Após a fase de capuz ,a proliferação das células epiteliais e, portanto, o crescimento do órgão do esmalte vão diminuindo. Nessa nova fase, a parte epitelial do germe dentário (órgão do esmalte) apresenta o aspecto de um sino com sua cavidade mais acentuada e, consequentemente, com suas margens mais aprofundadas. Todavia, quando diminui a divisão celular tanto no órgão do esmalte quanto nas células ectomesenquimais , ocorre a diferenciação das diversas células do germe dentário.


OS EPITÉLIOS EXTERNO E EINTERNO FORMAM A ALÇA CERVICAL
Na porção epitelial, região central correspondente ao reticulo estrelado continua a crescer em volume por causa por causa do aumento da distancia entre as células e seus prolongamentos. As células do epitélio externo do órgão do esmalte são achatadas, tornando-se pavimentosas; as do epitélio interno, por sua vez, alongam-se, constituindo células cilíndricas baixas com núcleo central e citoplasma contendo ribossomos livres, poucas cisternas de reticulo endoplasmático, granular e complexo de GOLGI ,o qual ocupa o lado oposto á papila dentária . Além dessas modificações nas diversas estruturas do órgão do esmalte, nessa fase aparecem, entre o epitélio interno e o reticulo estrelado, duas ou três camadas de células pavimentosas que constituem o estrato intermediário, que participa na formação do esmalte. No órgão dos esmalte, as células dos diferentes grupos apresentam-se ligadas entre si por junções intercelulares do tipo comunicante (gap)e desmossomos . Todavia, a lamina basal, que se forma nas primeiras fases da odontogênese, rodeia o órgão do esmalte no seu contorno total, separando as celulas dos epitélios externo e interno do órgão do esmalte, do folículo e da papila, respectivamente.
O GERME DENTÁRIO SEPARA-SE DA LÂMINA DENTÁRIA E DO EPITELIO ORAL
O folículo dentário torna-se mais evidente, pois passa a envolver o germe dentário por completo, inclusive na extremidade oclusal . Nesta fase, a porção da lamina dentária entre o órgão do esmalte e o epitélio bucal, desintegra-se Alem disso o osso do processo alveolar em formação caba rodeando completamente o folículo dentário, constituindo a cripta óssea. O dente em desenvolvimento separa-se do epitélio oral, porém, grupos de celular epiteliais d lâmina permanecem nos pertuitos ósseo , nessa região , formando o gubernáculo ou canal gubernacular, desempenhara importante papel na erupção .
A FORMAÇÃO DE DOBRAS NO EPITÉLIO INTERNODETERMINA A FORMA DA COROA DO DENTE
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Na fase de campânula, verificam-se alguns fenômenos, morfogenéticos, que levam á determinação da forma da coroa do futuro dente . Isso deve ser a formação de dobras no epitélio interno do órgão do esmalte nos locais em que as primeiras células cessam sua atividade mitótica, antes da diferenciação em ameloblastos, e também ao fato de q a alça cervical permanece fixa.
A DENTINOGÊNESE INICIA-SE ANTES DA AMELOGÊNESE
Após esses eventos , as células de epitélio interno localizadas nos vértices das cúspides, ate então cilíndricas baixas com o núcleo próximo a lâmina basal, tornam-se cilíndricas baixas com o núcleo próximo á lâmina basal, tornam-se cilíndricas altas. O seu núcleo passa a se localizar do lado oposto á papila dentária. Após esse fenômeno, denominado inversão da polaridade, essas células se transformam em pré-ameloblastos . Nesse momento, a papila dentária adjacente, as células ectomesenquimais da região periférica, sob influência dos pré-ameloblastos, param de se dividir, aumentam de tamanho e começam sua diferenciação em odontoblastos , passando a secretar a primeira camada de matriz de dentina.
A INTRODUÇÃO RECÍPROCA RESULTA NA DIFERENCIAÇÃO DE ONDONTOBLASTO E AMELOBLASTOS
Em resumo esse eventos começam nos locais correspondentes ás futuras cúspides do dente e progridem sequencialmente, descendo pelas vertentes das cúspides até a região da alça cervical. A diferença dos odontoblastos é induzida, com participação da lâmina basal, pelas células do epitélio interno do órgão do esmalte,que, após a inversão da sua polaridade denominam-se pré-ameloblastos .


Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Odontogênese - Fase de Capuz

           Disponível em: http://histologiaufrn.blogspot.com.br/search/label/N%C2%BA%2018%20-%20Odontog%C3%AAnese%3A.

     Disponível em: http://histologiaufrn.blogspot.com.br/search/label/N%C2%BA%2018%20-%20Odontog%C3%AAnese%3A.
A fase de capuz caracteriza-se por intensa proliferação das células epiteliais , nessa fase, o botão dentário continua seu desenvolvimento, apresentando portanto, um crescimento desigual, que o leva a adotar uma forma semelhante a um boné, razão pela qual essa fase é chamada de capuz.  Observa-se no germe dentário uma intensa atividade mitótica das células derivadas do epitélio oral. Na região do ectomesênquima, a discreta condensação de suas células torna-se mais visível, que é intensificada pelo aumento da produção de tenascina e sindecan-I. A concavidade que se forma no germe é produto da resistência desse ectomesênquima condensado à proliferação do tecido derivado do epitélio.
A porção epitelial que a partir dessa fase apresenta várias regiões distintas é denominada órgão do esmalte. As células localizadas na região da concavidade adjacente à condensação ectomesenquimal constituem o epitélio interno do órgão do esmalte, já as que se localizam na face convexa do germe dentário, ainda ligadas ao epitélio oral, constituem o epitélio externo do órgão do esmalte. Entre os epitélios interno e externos, na parte interna do órgão do esmalte, encontram-se células distribuídas num grande volume de matriz extracelular rica em proteoglicanas. Essa região recebe o nome de retículo estrelado. Na parte externa do órgão do esmalte, observa-se logo abaixo o epitélio interno do órgão do esmalte, a condensação ectomesenquimal, que recebe o nome de papila dentária e futuramente dará origem ao complexo dentino-pulpar. As células que circundam o germe dentário e a papila dentária sofrem uma discreta condensação formando uma cápsula ao redor dessas estruturas, isolando-as do restante do ectomesênquima. Essa região é denominada saco dentário, que originará o periodonto de inserção.
Ainda nessa região, capilares invadem a região do saco dentário, principalmente nas proximidades do epitélio externo do órgão do esmalte, dando sustentação nutricional ao alto nível de crescimento.

Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Odontogênese - Fase de Botão


Representa o início da formação de cada dente.


A lâmina dentária passa a apresentar, em alguns locais, atividades mitóticas diferenciadas.
A partir da 8ª semana de gestação, em cada arco originam-se dez pequenas esférulas que invadem o ectomesênquima, dando início à formação dos germes dos dentes descíduos.
O ectomesênquima adjacente apresenta uma discreta condensação celular. Nessa região, surgem duas moléculas de grande importância, a glicoproteína tenascina e o sindecan-1. Essas moléculas interagem com as próprias células ectomesenquimais e com outros elementos da matriz extracelular. Também interagem com o fator de crescimento de fibroblastos.


Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Odontogênese - Lâmina dentária e lâmina vestibular

Odontogênese é o período em que os elementos dentários são formados. Esse é um complexo fenômeno de indução celular e molecular entre o ectomesênquima, constituído pela migração das células da crista neural ao nível do mesênquima da cavidade oral, e o epitélio oral primitivo.

A odontogênese é dividida em fases: lâmina dentária, botão, capuz, campânula, formação da coroa e raiz. Nessas fases ocorrem alterações responsáveis pela proliferação, diferenciação celular, morfogênese, histogênese e maturação dos órgãos dentários.




No embrião, a cavidade oral primitiva é revestida pelo ectoderma, um delgado eptélio. Por volta do 22º dia este epitélio entra em contato com o endoderma que reveste o tubo digestivo anterior, formando a membrana bucofaringea, que persiste ate o 27º dia de desenvolvimento embrionário, no qual sofre desintegração. Assim, é estabelecida a comunicação entre o estômago e a faringe e o resto do tubo digestivo. Nessa fase, a cavidade oral primitiva é revestida por um epitélio e aproximadamente duas ou três camadas de células, que recobrem o tecido que esta sendo invadido por células de origem ectodérmica, geradas nos cristais neurais. Elas migram quando as pregas neurais dobram, chegando a regiões do futuro crânio e da face; uma c=vez nos locais esse tecido de origem neural, passa a agir como um mesênquima, originando estruturas de natureza conjuntiva, sênquima. O fator indutor inicial está no epitélio oral primitivo, que na quinta semana de vida intrauterina começa a proliferar, invadindo o ectomesênquima subjacente e produzindo uma banda eptelial contínua em forma de ferradura na região em que irão se formar os arcos dentários. Ocorrem interações entre o epitélio e o ectomesênquima.
O cordão epitelial, sofre após sua formação uma bifurcação , resultando em duas populações epiteliais proliferativas que fazem a mesma forma dos arcos. A banda epitelial localizada do lado externo, ao continuar sua proliferação e aumentar o número de células, tem as centrais degeneradas, dando lugar a uma fenda que constituirá o fundo de saco do sulco vestibular, localizando –se entre a bochecha/lábios e os futuros arcos dentários. Por isso, essa divisão se denomina lâmina dentária, representando o futuro arco dentário. Nessa estrutura, a proliferação celular continua, levando a um profundamento maior no ectomesênquima do que a lâmina vestibular, esse fenômeno é decorrente da modificação da orientação do fuso miótico das células em divisão: o fuso se torna perpendicular ao eptélio oral e as células filhas sobrepõem-se, invadindo cada vez mais o ectomesênquima.
Por esse motivo, entre a 6
º e 7º semana, observa-se apenas a lamina dentaria, em consequência do rápido estabelecimento do sulco vestibular. Assim, a lâmina dentaria permanece como uma proliferação epitelial em forma de ferradura, seguindo uma orientação perpendicular a superfície do epitélio oral, como a banda epitelial primaria, porem aprofundando-se mais no ectomensênquima. AS células mais internas da lâmina dentária têm como o restante do epitélio oral uma lâmina basal subjacente, que é muito dinâmica e desempenha papel no processo de odontogênese, participando das interações entre epitélio e ectomesênquima.


Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Glândula Parótida

Arquivo pessoal.
Arquivo pessoal.



Na glândula parótida, as porções secretoras são seromucosas. As células piramidais, que têm seus núcleos esfericos localizados na região basal das células, envolvem um pequeno lúmen central. A porção basal do citoplasma cora-se em azul, e em cortes bem-fixados podem ser vistos os grânulos de secreção. Em glândulas de pacientes mais idosos, as células adiposas são prontamente observadas. Os ductos intercalares são numerosos e alongados. Em e oblíquos, podem ser encontrados interpostos entre os ácinos seromucosos, apresentando uma estreita luz envolvida por células cuboidais cujo o núcleo é central é arredondado, e o citoplasma é basofílico e escasso. Os ductos estriados são de facíl reconhecimento e têm sido descritos como um "colar rosado" que permeia a glândula. As células são cilíndricas e se coram intensamente em rosa pela eosina.




Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p



Glândula Submandibular

                                                                                           Arquivo pessoal.

A glândula submandibular está localizada na região submandibular, por isso recebe este nome, está relacionada com os músculos milo-hioide e pterigideo medial e com ramos da artéria e da veia facial. Cerca de 80% das porções secretoras da glândula submandibular são seromucosas e apresentam as mesmas características descritas para a parótida. As unidades secretoras remanescentes são geralmente uma mistura de células mucosas e seromucosas. As células secretoras mucosas podem ser identificadas por apresentar um lúmen maior do que o da unidade seromucosa, envolvido por células secretoras mucosas podem ser identificadas por apresentar um lúmen maior do que o da unidade seromucosa, envolvido por células piramidais cujos núcleos são achatados e situados basal mente, bem como um citoplasma que não se cora muito fortemente. As unidades mistas são facilmente reconhecíveis devido ao capuz em forma de meia-lua ou semila de células seromucosas nas extremidades dos túbulos secretores de muco. Os ductos intercalares são mais curtos na submandibular, e, por isso, um número menor de ductos pode ser encontrado nos cortes histológicos. Os ductos estriados são bem-desenvolvidos, sendo maiores na submandibular. Suas características são semelhantes ás já descritas, sendo de fácil reconhecimento.

Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Glândula Sublingual

 Disponível em: http://histologiaoraluff.blogspot.com.br/2011/10/glandulas-salivares.html

1: Ácinos mistos com predomínio de células mucosas
2: Ductos estriados



Disponível: http://histologiaoraluff.blogspot.com.br/2011/10/glandulas-salivares.html

1: Ácinos mistos com predomínio de células mucosas
2: Tabique de tecido conjuntivo
3: Ductos estriados

A língua tem origem na parede ventral da orofaringe, na região dos quatro primeiros arcos branquiais. A mesma é separada do assoalho da boca por um crescimento ectodérmico, que depois é degenerado, formando o sulco lingual.



A combinação de diferentes origens embriológicas de língua é demonstrada pela sua complexa inervação, o primeiro arco braquial (nervo trigêmeo) dá origem ao ramo lingual responsável pela sensação tátil, o segundo arco branquial (nervo facial) pelo ramo corda do tímpano é responsável pela sensação gustativa, o terceiro e quarto arcos são responsáveis pela sensação tátil e gustativa na região da base da língua (nervos glossofaríngeo e vago).

Se diferencia por ser envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo localizada na mucosa do assoalho da boca, sobre o musculo milo-hioide. Possuem vários ductos excretores terminais. São predominantemente mucosas. Quase sua totalidade de unidades secretoras terminais são tubulares mucosas com semiluas serosas e a inervação origina-se dor ramos do nervo lingual, da corda do tímpano e do simpático.


Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Papilas Circunvaladas

                                                     Arquivo pessoal.
Não sobressaem na superfície da mucosa. São presentes na porção posterior do dorso da língua ("v" lingual) e sua base permanece em um plano inferior a mesma.
São rodeadas por um sulco circular e têm 2 a 3 mm de diâmetro e 1 mm de altura.
Apresentam tecido conjuntivo frouxo vascularizado e inervado, revestido por epitélio. Sendo que o lado superior é ortoqueratinizado e não tem botões gustativos, que ocorrem no fundo do sulco circular onde abrem-se ductos excretores de gandulas de von Ebner.


Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Papilas Filiformes

                                                Arquivo pessoal.
São as mais numerosas, ocupando quase totalmente o dorso lingual, gerando aspecto de veludo. Sua forma é cônica e inclinada, voltadas para a orofaringe.
Possuem epitélio ortoqueratinizado com vários melanócitos e células de Langerhans, acompanhado por um cone de tecido conjuntivo. Sua espessura no vértice chega a 800 µm, na parte media 600 µm e próximo ao v lingual até 250 µm.
Sua função é relacionada ao papel mecânico durante a mastigação e apresenta delicada sensibilidade tátil, devido a presença de fibras nervosas mielínicas até o núcleo do tecido conjuntivo emitindo terminações livres ou nervosas que atingem o epitélio dessas papilas.


Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

Lábios


Arquivo pessoal.
Os lábios são compostos pelo musculo orbicular da boca e tecido conjuntivo. São revestido externamente por pele e internamente por uma membrana.

Nesse post iremos falar sobre as membranas: mucosas labial, jugal e alveolares.


As mucosas labial e jugal revestem além dos lábios a bochecha e são continuas entre si até chegar à mucosa alveolar.

As mucosas labial e jugal apresentam epitélio espesso (600 µm) com várias camadas celulares e aparentam lisas, suaves e com o tom rosa-pálido. Se renovam em aproximadamente 10 ou 12 dias. Os tonofilamentos ocupam 50 a 60 % de seu volume.
A diferença entre essas mucosas é que nos lábios os queratinócitos são arredondados, achatando-se somente na superfície, já nas bochechas são achatados gradualmente. Além disso o glicogênio é mais abundante nas bochechas.
Ambas possuem a lâmina própria e músculos (nos lábios, o músculo orbicular da boca e nas bochechas o bucinador).
A matriz extracelular é rica em fibras elásticas, importantes para garantir a elasticidade. A mucosa alveolar é constituída por numerosas fibras elásticas que proporcionam grande mobilidade. Ela reveste o fundo do sulco vestibular, sendo a transição entre as mucosas labial e jugal com a gengival. Aparenta lisa, brilhante e tem cor rosa avermelhada. Tem espessura de 270 µm e os tonofilamentos ocupam 60% de suas células. Apresenta lâmina própria com aproximadamente 45 papilas conjuntivas por mm². A camada papilar é constituída por tecido conjuntivo frouxo e fibras elásticas.
Referência:  KATCHBURIAN E.; ARANA V. Histologia e Embriologia Oral. 2ª edição. Guarnabara Koogan. 2004. 388p

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Introdução sobre Histologia Bucal


            


               Histologia é definida como sendo a ciência, parte da biologia, que estuda os tecidos. O termo histologia foi usado pela primeira vez em 1819 por Mayer, que aproveitou o termo "tecido" que Bichat (anatomista francês) instituiu, muito tempo antes (por volta de 1800), para descrever macroscopicamente as diferentes texturas encontradas por ele no corpo animal. Mayer fez a conjunção do termo histos = tecido e logos = estudo. 
O que é tecido?
Tecido é um conjunto de células que apresentam a mesma função geral e a mesma origem embrionária. diríamos a mesma função geral, pois um tecido apresenta uma ou mais funções gerais. Por exemplo: os epitélios de forma geral apresentam como função principal revestir as superfícies corpóreas, assim sua função geral é revestir uma superfície. No epitélio, como, por exemplo, o da traqueia, tem-se as células ciliadas e as células caliciformes. Ambas apresentam formas e funções diferentes, mas as duas realizam a função geral de revestir. 
Origem embrionária dos tecidos: 
Nesse ponto devemos começar do início: quando o espermatozoide (gameta masculino) e o óvulo ( gameta feminino), ambas as células somática de espécie, encontram-se em ambiente propício - que pode ser o útero ou em meio de cultura- ocorre a fecundação. As duas células após a fecundação formam uma célula, o zigito, que é uma células diploide ( como o mesmo número de cromossomos de qualquer célula somática da espécie).
Formando o zigoto ele passa a sofrer sucessivas mitoses, processo denominado de clivagem. Uma célula forma duas, as duas formam quatro, as quatro formam oito e assim sucessivamente. Por volta do sétimo dia pós-fecundação o que se vê é um amontoado de células envoltas por uma membrana translúcida. Cada célula é chamada de blastômero, sendo células totipotentes ( ainda não diferenciadas e com a potencialidade de originar qualquer uma das células do corpo animal), e a membrana envoltória é chamada de zona pelúcida. Este estágio de embrião por se assemelhar muito a uma amora é chamado de mórula. Por volta do oitavo/nono dia forma-se uma pequena cavidade no interior do embrião, a blastocele. Neste momento o embrião passa a se chamar de blástula ou blastocisto. Na fase seguinte, a gástrula é possível identificar as dois primeiros tecidos embrionários - ectoderma, o mesoderma e o endoderma. O ectoderma é folheto embrionário externo e o endoderma o folheto embrionário interno. O mesoderma é o folheto médio. A partir daí começa haver diferenciação celular e formação dos tecidos animais. Por exemplo: do ectoderma forma-se o tecido nervoso e alguns epitélios de revestimento; já do mesoderma origina-se a maioria dos tecidos conjuntivos e musculares; do endoderma alguns epitélios de revestimento. 
Portanto os tecidos embrionarias formam  todos os tecidos do corpo animal que são os tecidos epiteliais, os tecidos conjuntivos, os tecidos musculares e o tecido nervoso. 


Sobre o blog


O blog é a experiência de desenvolvimento e uso de uma ferramenta digital para complementar no ensino-aprendizagem, favorecendo a autoinstrução e o protagonismo do aluno em sua trajetória formativa. No blog será disponibilizado atlas de histologia e conteúdo interdisciplinar entre fundamentos biológicos e prática clínica, permitindo a articulação de saberes, começando a despertar maior interesse dos estudantes.
Todas as pesquisas serão com materiais/equipamentos da própria Newton, sendo essa a grande inovação para a universidade. O acesso é livre, mas este produto foi especificamente criado para ajudar e facilitar os estudos de alunos da área da saúde do Centro Universitário Newton Paiva, especialmente para o curso de Odontologia, permitindo o acesso em ambientes externos à universidade.